Mortes em terremoto passam de 40 mil

Na Turquia, foram registrados mais de 35.400 óbitos e na Síria, 5.900. ONU pede quase 400 milhões de dólares para ajuda às vítimas dos tremores na Síria.

@Reuters 

Mais de uma semana após o devastador terremoto que atingiu áreas na Turquia e na Síria, o número de mortos subiu para mais de 40 mil. Somente na Turquia, a cifra de óbitos foi para 35.418, disse o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, segundo informação divulgada nesta terça-feira (14/02) pela agência de notícias estatal Anadolu.


Na Síria, foram registradas 5.900 mortes. Um primeiro tremor de magnitude 7,8 ocorreu na região na madrugada de segunda-feira da semana passada, seguido horas depois por um segundo forte terremoto de magnitude 7,6.


A Agência de Gestão de Desastres Afad registrou mais de 2.400 tremores secundários até agora. O número de vítimas fatais, entretanto, pode ser muito maior. De acordo com estimativas das Nações Unidas, a quantidade de óbitos pode ultrapassar 50 mil.


Resgatados após mais de 200 horas

Segundo a mídia turca, pelo menos nove sobreviventes foram resgatados nesta terça-feira dos escombros de áreas atingidas pelo terremoto na Turquia, oito dias após o pior terremoto da história moderna do país.


Um sírio de 65 anos e uma jovem foram resgatados dos escombros de um prédio na cidade de Antakya, no sul da Turquia, 208 horas depois dos abalos.


Mais cedo, uma mulher de 26 anos foi retirada das ruínas de um prédio na província de Hatay, no sul da Turquia, por equipes de resgate ucranianas, cerca de 205 horas após o terremoto devastador, informou a emissora CNN Türk.


"Pior desastre natural em um século"

Enquanto isso, o diretor regional para a Europa da Organização Mundial da Saúde (OMS), Hans Kluge, descreveu o terremoto como "pior desastre natural na região em um século".


"Cerca de 26 milhões de pessoas na Turquia e na Síria precisam de assistência humanitária", disse ele durante uma entrevista coletiva. "A necessidade de ajuda é enorme e cresce a cada hora", complementou.


Uma caravana de ajuda cruzou nesta terça-feira uma passagem de fronteira recém-reaberta para o norte da Síria, em área controlada pelos rebeldes onde a ajuda tem demorado a chegar.


O comboio, composto por 11 caminhões das Nações Unidas, entrou na Síria através do ponto de fronteira reaberto de Bab al-Salama, depois que Damasco concordou em deixar a ONU usar a travessia para fins de ajuda humanitária.


Antes do terremoto, quase toda a ajuda humanitária crucial para os mais de quatro milhões de pessoas que vivem em áreas controladas pelos rebeldes no noroeste da Síria estava sendo fornecida através de apenas um cruzamento de fronteira. Os caminhões estavam carregados com assistência humanitária essencial, incluindo material de abrigo, colchões, cobertores e tapetes, disse à agência de notícias AFP Paul Dillon, porta-voz da Organização Internacional para as Migrações (OIM) da ONU.


Uma delegação da ONU também viajou da Turquia para a área controlada pelos rebeldes pela primeira vez desde o terremoto em uma missão de investigação. Ativistas e equipes de emergência locais criticaram a resposta lenta da ONU ao terremoto em áreas controladas por rebeldes, contrastando-a com os aviões carregados de ajuda humanitária que foram entregues a aeroportos controlados pelo governo.


Apelo por quase US$ 400 milhões


A ONU também lançou um apelo aos países membros da organização para doação de 397 milhões de dólares (cerca de R$ 2 bilhões) para cobrir três meses de "alívio salva-vidas" para as vítimas na Síria, e disse que estava perto de um plano semelhante para a Turquia.

 "Milhões de pessoas em toda a região estão lutando pela sobrevivência, sem teto e em temperaturas congelantes", disse o secretário-geral da ONU, António Guterres.


A ONU disse que mais de sete milhões de crianças foram impactadas negativamente na Síria e na a Turquia, e expressou o temor de que "muitos milhares" a mais tenham morrido.

 "É tragicamente claro que os números continuarão a crescer", disse James Elder, porta-voz da agência da ONU para a infância, a Unicef".


*md/bl (DPA, AFP, Reuters, DW)

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