Advogado gaúcho prometeu entrar com ação por danos morais coletivos
A Folha de São Paulo publicou em todas as suas plataformas uma charge sobre a situação do Rio Grande do Sul, gerando grande revolta entre os internautas. A charge assinada por Jean Galvão mostra uma família, pai, mãe, um menino e uma menina, sobre o telhado de uma casa ilhada pela enchente.
A menina, olhando para a correnteza, está sentada abraçando os joelhos e fala ao irmão: “Não chora, vai alagar ainda mais…”
Para os internautas, a imagem não deveria ter sido compartilhada, pois soa como deboche com a população gaúcha que perdeu todos os seus bens e muitos perderam também seus entes queridos.
– Que falta total de empatia! Vi a charge ontem e achei que, pelo menos, hoje estaria apagada. Constrangedor! – comentou o deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS).
A empresária Camila Telles, que também é gaúcha, se juntou às críticas:
– Vocês perderam a noção ou nunca tiveram? – questionou ela.
O advogado Jean Regina, especialista em Direito Religioso, registrou seu descontentamento com o jornal e prometeu tomar medidas legais:
– Processando. Ação Civil Pública com pedido de DANO MORAL COLETIVO JÁ
Imagens: Reprodução/Instagram @folhadesaopaulo
MARCELO BRETAS FALA EM ÉTICA
Para o jurista Marcelo Bretas, a charge não só ilustra as questões, como também carrega uma responsabilidade ética. Ele entende ainda que, “há uma linha tênue entre causar impacto e aproveitar com insensibilidade de um assunto”.
– A tragédia no Rio Grande do Sul deixou famílias enlutadas, comunidades devastadas e um país inteiro em luto. Uma charge com sátira sobre o assunto é no mínimo desrespeitoso e desumano. Será que essa publicação conseguiu equilibrar adequadamente o direito à liberdade de expressão com a sensibilidade necessária? Será que foi considerado o impacto emocional sobre as vítimas e suas famílias? Essas são perguntas que merecem reflexão – escreveu Bretas em seu Instagram.
*Pleno.news
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