Cometa se aproxima da Terra e pode ser visto a olho nu no começo do ano que vem

De acordo com o Minor Planet Center, organização gerida pela União Astronômica Internacional (IAU) responsável pela designação de corpos menores no sistema solar, um cometa está se aproximando da Terra e será visível a olho nu no início de 2023.

Imagem: Triff - Shutterstock

Por meio de um comunicado, o MPC revelou a descoberta de um objeto aparentemente asteroidal (magnitude ~ 17) identificado em imagens capturadas em 2 de março por meio do sistema de levantamento óptico Zwicky Transient Facility (ZTF) do Observatório Palomar, que fica em San Diego, no estado americano da Califórnia.

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O gráfico de todo o céu acima mostra o caminho do cometa, e sua posição atual está marcada em amarelo. Imagem: Gideon van Buitenen

Logo em seguida à detecção, confirmou-se a aparência cometária por astrometristas CCD (como são chamados os profissionais da área especialistas no recurso conhecido como “Charge-coupled device”, ou, “Dispositivo de cargas acopladas”) em outros lugares, como no Chile. O novo cometa, então, foi designado C/2022 E3 (ZTF).

Segundo estimativas preliminares, o cometa passará a 0,28 unidades astronômicas (UA) da Terra no início de fevereiro de 2023, quando o objeto pode estar próximo da magnitude visual total 6. Os dados coletados também sugerem que o cometa passou a cerca de 1,18 UA de Saturno, em maio de 2020, e a cerca de 3,07 UA de Júpiter, em 2021 abril. 

O gráfico abaixo, gerado pelo software Orbitas, mostra a magnitude prevista (em vermelho) versus seu alongamento do Sol. Como sempre acontece com os cometas, as magnitudes futuras relatadas aqui são apenas indicativas.

Crédito: Signs of the Times – Sott.net

Segundo o astrônomo amador holandês Gideon van Buitenen, que disponibilizou um gráfico de órbita interativo em seu site, demonstrando o caminho do cometa pelo sistema solar, seu periélio  – aproximação máxima do Sol – será em 13 de janeiro de 2023, com abordagem mais próxima da Terra em 2 de fevereiro. Ele acredita que o objeto pode chegar a ser mais brilhante que a magnitude 6 prevista.

De acordo com o diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (BRAMON, na sigla em inglês), Marcelo Zurita, colunista do Olhar Digital, um dos aspectos mais favoráveis para observação desse cometa é que quando ele estiver passando mais próximo da Terra, em janeiro do ano que vem, ele vai estar na posição oposta ao Sol. 

“Então, a gente vai conseguir observá-lo praticamente durante toda a noite. Ele vai passar por trás da Terra em relação ao Sol, e isso favorece a observação porque a gente pode pegar uma noite escura e fazer uma sequência de imagens para uma foto de longa exposição, e essas condições são excelentes pra isso”, disse Zurita, que também é presidente da Associação Paraibana de Astronomia. “Agora, é torcer para ele ganhar brilho além do esperado e aí, sem dúvida, presenciaremos um verdadeiro show”.

*Olhar Digital 

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