Surra em Toffoli é vitória dos que lutam contra a corrupção

Voto de Toffoli não deixou claras suas verdadeiras motivações

Foto: Eduardo Matysiak/ Futura Press/ Estadão Conteúdo - 19.08.2019

Dificultar o compartilhamento de dados do antigo Coaf comprometeria nossa reputação internacional e atuação nos mercados financeiros globais

A vergonha que Dias Toffoli passou nessa quinta-feira (28) vai entrar para os anais do STF. Ele ficou abandonado em suas intenções de impedir o compartilhamento de dados sigilosos do COAF com o Ministério Público. A derrota do ministro é uma vitória do país em sua luta contínua contra a corrupção.
Após o voto de Ricardo Lewandowski, quando o placar mostrou 7 a 1 a favor do combate aos colarinhos brancos, foi como se o Brasil estivesse se livrando de uma vergonha internacional. A goelada, desta vez, era a favor do povo brasileiro.
Como bem alertou o procurador-geral da República, Augusto Aras, o cerceamento pretendido por Toffoli comprometeria nossa reputação e a atuação nos principais mercados financeiros globais. Escapamos de nos tornar um paraíso fiscal.
Não ficaram claras as verdadeiras motivações ou temores do presidente do STF. Mas seu interminável e confuso voto, repleto de dubiedades e reviravoltas obscuras, serviu para acender o alerta entre os que persistem em dificultar a vida dos corruptos.
A manutenção do compartilhamento de informações do Coaf, rebatizado de Unidade de Inteligência Financeira (UIF), mostrava-se crucial. Basta lembrar que a Lava-Jato se tornou viável a partir dos dados ali disponíveis. Também continua em vigor o conselho para os que querem desbaratar quadrilhas e máfias: sigam o dinheiro.

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