Campanha de Lula aciona TSE por discurso de Bolsonaro na ONU

Advogados da Coligação Brasil da Esperança apontam abuso de poder político e econômico pelo presidente

   Na 3ª feira (20.set), Bolsonaro abriu a reunião de líderes mundiais com críticas ao ex-presidente Lula (PT) e à esquerda | Alan Santos/PR

A Coligação Brasil da Esperança, formada pelos partidos PT, PV, PCdob, PSOL, REDE, PSB, Solidariedade, Avante, Agir e Proda, ajuizou uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) por seu discurso na Assembleia geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

O presidente é acusado de abuso de poder político e econômico, além de uso indevido dos meios de comunicação. A coligação aponta que, ao discursar na 77ª Assembleia Geral da ONU, em Nova York (EUA), Bolsonaro praticou condutas inadequadas à disputa eleitoral. 

"Jair Bolsonaro mantém a deliberada atitude de confundir as figuras de presidente da República e a de candidato à reeleição ao cargo. Isso significa, na prática, que ele utilizou-se das prerrogativas de seu cargo para fazer campanha eleitoral, rompendo com a isonomia na disputa eleitoral", afirmam os advogados da coligação. 

Eles fizeram o pedido liminar para que Bolsonaro se abstenha de usar na campanha qualquer material gráfico, fotografia ou vídeo produzido no discurso proferido na ONU. Além disso, pedem que a TV Brasil retire o vídeo de seu canal do YouTube e que os investigados removam publicações veiculadas nas redes sociais que contenham o discurso em questão. 

Na ação, os advogados afirmam que as falas do presidente foram transformadas "em verdadeiro comício eleitoral, de modo a caracterizar hipótese de abuso de poder político e econômico". 


Bolsonaro na ONU

Na 3ª feira (20.set), Bolsonaro abriu a reunião de líderes mundiais com críticas ao ex-presidente Lula (PT) e à esquerda. O mandatário também fez citação aos atos a favor do seu governo no último 7 de Setembro. 

"Somente entre o período de 2003 e 2015, onde a esquerda presidiu o Brasil, o endividamento da Petrobras por má gestão, loteamento político em e desvios chegou a casa dos US$ 170 bilhões de dólares. O responsável por isso foi condenado em três instâncias por unanimidade", disse o chefe do Executivo. "Esse é o Brasil do passado", pontuou.

Líder nas pesquisas eleitorais, Lula é o principal adversário de Bolsonaro na corrida ao palácio do Planalto. A apenas 11 dias do pleito a ser realizado no dia 2 de outubro, o presidente tenta subir nos levantamentos.

"Neste 7 de setembro, o Brasil completou 200 anos de história como nação independente. Milhões de brasileiros foram às ruas, convocados pelo seu presidente, trajando as cores da nossa bandeira", lembrou Bolsonaro. "Foi a maior demonstração cívica da história do nosso país, um povo que acredita em Deus, Pátria, família e liberdade", afirmou. 

*SBT News 

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