Ataque israelense destrói consulado iraniano na Síria e mata comandante da Guarda Revolucionária, diz Irã

A Guarda Revolucionária do Irã anunciou que sete de seus membros, entre eles três comandantes, morreram no bombardeio israelense. O ministro de Relações Exteriores do Irã afirmou que o ataque ao consulado em Damasco fere todas as convenções internacionais.

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Fumaça perto de edifícios diplomáticos do Irã em Damasco, na Síria, em 1º de abril de 2024 — Foto: Firas Makdesi/Reuters


Aviões militares de Israel atingiram o consulado do Irã em Damasco, na Síria, nesta segunda-feira (1º) e mataram Mohammad Reza Zahedi, comandante sênior da Guarda Revolucionária do Irã, de acordo com a mídia estatal iraniana.


A Guarda Revolucionária do Irã anunciou que sete de seus membros, entre eles três comandantes, morreram no bombardeio israelense. Segundo a organização, além de Mohammad Reza Zahedi, os comandantes mortos incluem Mohammad Hadi Haji Rahimi, nº2 de Zahedi, e outro comandante sênior. Os três fariam parte da Força Qods, o braço de operações exteriores do grupo.


Hossein Akbari, o embaixador do Irã na Síria, afirmou que o consulado foi atingido por seis mísseis disparados de caças F-35.


O governo iraniano responsabilizou Israel pelas consequências do ataque ao consulado na capital da Síria, disse o ministro de Relações Exteriores do Irã, Hossein Amirabdollahian, segundo a mídia estatal iraniana. A afirmação foi dada em um telefonema entre Hossein e o ministro de Relações Exteriores da Síria.


Em comunicado ao Conselho de Segurança da ONU, o Irã disse que tem direito de revidar ao ataque de Israel e pediu que o Conselho faça uma reunião de emergência para discutir a agressão.


Ainda segundo a mídia estatal do Irã, o governo do país considera que o alvo era Reza Zahedi.


Um porta-voz militar de Israel disse que não vai fazer comentários sobre notícias na mídia estrangeira. O jornal americano "The New York Times" afirmou que conversou com quatro autoridades de Israel que pediram para não serem nomeadas e confirmaram que o país realmente executou o ataque, mas não confirmaram que o comandante Reza Zahedi foi morto.


O canal de TV estatal da Síria confirmou que o prédio do consulado foi atacado. A mídia do Irã também noticiou que um prédio perto da embaixada foi atingido, e a agência de notícias dos estudantes iranianos afirmou que os alvos eram o consulado e a residência do embaixador.


O ministro de Relações Exteriores do Irã, Hossein Amirabdollahian, afirmou que o ataque ao consulado em Damasco é uma violação de todas as convenções internacionais.


O embaixador do Irã na Síria, Hossein Akbari, que escapou ileso, afirmou que a resposta do Irã será dura.

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O comandante das forças terrestres da Guarda Revolucionária do Irã, Mohammad Reza Zahedi, em imagem de arquivo. — Foto: Reprodução/ Redes sociais


Guerra na Faixa de Gaza

O grupo terrorista Hamas, que atua na Faixa de Gaza, é apoiado pelo Irã. Desde que o Hamas atacou Israel, em 7 de outubro, os israelenses aumentaram os ataques contra alvos ligados a dois grupos que são atuantes em território sírio:


O grupo libanês Hezbollah (veja mais abaixo).

As Guardas Revolucionárias do Irã.


Mohammad Reza Zahedi

O site oficial do aiatolá Ali Khamenei afirma que o general Mohammad Reza Zahedi foi nomeado comandante das forças terrestres da Guarda Revolucionária do Irã em 21 de janeiro de 2006.


De acordo com o "New York Times", ele era o responsável pelas operações secretas do Irã na Síria e também no Líbano.


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Local de prédio destruído em Damasco, na Síria, em 1º de abril de 2024 — Foto: Omar Sanadiki/AP

Ataque contra o Hezbollah

Na sexta-feira (29), Israel realizou um de seus ataques mais mortais em meses contra a província de Aleppo, no norte da Síria.


No mesmo dia, os israelenses afirmaram que mataram um comandante sênior do Hezbollah no Líbano, Ali Abed Akhsan Naim, vice-comandante da unidade de foguetes e mísseis do Hezbollah.

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Bandeira do Irã perto de prédio atacado em Damasco, na Síria, em 1º de abril de 2024 — Foto: Firas Makdesi/Reuters


O governo israelense afirmou que ele era um dos líderes da milícia apoiada pelo Irã em disparos de foguetes com ogivas pesadas e disse que foi responsável por conduzir e planejar ataques contra civis israelenses.


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