Lula cobra Macron por tecnologia nuclear e francês sinaliza cooperação

Cobrança se dá por falta de compartilhamento de informações; países desenvolvem em parceria um submarino de propulsão nuclear

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (ao centro) ao lado da primeira-dama, Janja Lula da Silva, e do presidente da França, Emmanuel Macron, no lançamento do submarino Tonelero, no Complexo Naval de Itaguaí (RJ) Foto: Ricardo Stuckert 27.03.2024


 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta 4ª feira (27.mar.2024) querer fortalecer a parceria tecnológica com a França para o desenvolvimento de um submarino com tecnologia nuclear não para fazer guerra, mas para garantir a paz. A declaração foi dada ao lado do presidente francês, Emmanuel Macron, em cerimônia de lançamento do submarino Tonelero, no Complexo Naval de Itaguaí (RJ).


“Queremos ter conhecimento para garantir a todos os países que querem paz que saibam que o Brasil estará ao lado de todos porque a guerra não constrói, a guerra destrói. O que constrói é desenvolvimento, conhecimento científico e tecnológico e é nessa área que queremos fortalecer nossa parceria com o povo francês”, disse Lula.


O Tonelero é o 3º submarino brasileiro a propulsão convencional e faz parte do Programa de Desenvolvimento dos Submarinos, o ProSub, desenvolvido em parceria entre o Brasil e a França.


A parceria foi firmada em 2008, com orçamento de cerca de R$ 40 bilhões. A previsão inicial era de que o Tonelero fosse colocado em operação em 2020.


Pelo programa, devem ser construídos 5 submarinos no Brasil, 4 convencionais e 1 a propulsão nuclear. Do total, 3 já estão em operação.


Um dos principais pontos do Prosub é justamente a transferência de tecnologia francesa para a construção de embarcações nacionais, mas o Brasil ainda cobra mais cooperação em relação à tecnologia nuclear.


Durante o evento, Macron disse querer “começar uma nova página” na relação com o Brasil e afirmou esperar “abrir um capítulo de novos submarinos”. Entretanto, disse ser preciso respeitar “os compromissos mais exigentes contra a propagação nuclear”.


“Queremos começar uma nova página, graças à nossa intimidade diplomática, graças à força dos nossos vínculos militares, para produzirmos, juntos, de maneira respeitosa e equilibrada, tal como fizemos aqui, queremos realizar, mais ainda […] E, quem sabe, para celebrar o submarino de propulsão nuclear que vocês terão construído no quadro rigoroso internacional jurídico”, disse o presidente da França.


*Poder 360

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